quarta-feira, 1 de maio de 2019

EM DEFESA DO SOLA SCRIPTURA DE LUCAS BANZOLI - RESENHA


 Atualmente, com a onda conservadora e com gurus como Olavo de Carvalho e Bernardo Küster aparecendo pelas webs, vejo alguns evangélicos migrando para a fé católica. Ora, uma coisa eu tenho que concordar com o Padre Paulo Ricardo em algum de seus vídeos - muitos católicos não sabem que porque são católicos e muitos evangélicos (ou protestantes, como católicos preferem nos chamar) não sabem porque são evangélicos. Um coisa é fato: todo cristão sincero deve, além de ter a sua devoção no único Deus, conhecer as Escrituras. Conhecer o porque de sua fé. O apóstolo Pedro já nos ensinou em sua carta: "Antes, reverenciai a Cristo como Senhor em vosso coração, estando sempre preparados para responder a qualquer pessoa que vos questionar quanto à esperança que há em vós" (1 Pedro 3:15). 
Quero dizer que essa minha resenha não é um ataque a católicos, mas uma amostra para dizer porque não sou romanista. E sim, pelo Sola Scriptura. Como o livro é disponível para download gratuito, vou deixar o link abaixo, pois o livro se propõe a responder de maneira exegética bíblica e com argumentos dos próprios pais da Igreja, ou seja a patrística, grandes questionamentos (ou porque não dizer em alguns casos, provocações) sobre a eficácia do Sola Scriptura. Eu acho o Pe. Paulo Ricardo muito erudito, só acho que quando ele quer criticar o meu nicho protestante, ele acaba sendo um pouco raso na questão.
Sei que eu posso citar a persona no grata dos católicos, Martinho Lutero "Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias".
Cito Santo Agostinho "A Escritura canônica tem a autoridade suprema, e a ela submetemos assentimento em todos os assuntos".
Durante um período de tempo, ela foi proibida pela igreja romana pelo Concílio de Tolosa (1229) com perseguição e punição para quem possuísse o Velho e o Novo Testamento, parecendo a mesma perseguição em países comunistas, logo por aquela que alega ser a guardiã das Escrituras.

Um espantalho criado pelos romanistas é de quem defende o "sola scriptura" é que nós falamos que "tudo tem que estar na Bíblia", se apoiando e discursos de leigos e alguns liberais, mas o fato é que os da reforma crem que "todas as doutrinas tem que ser provadas pelas Escrituras". A ideia de tudo é caber coisas loucas como vemos em movimentos neo-pentecostais, que alguns já são considerados seitas e não necessariamente igrejas cristãs.
Toda doutrina tem que ser provada pelas Escrituras. Isso não impede que as igrejas tenham seus próprios costumes e tradições desde que não acrescentem ou retirem doutrinas da bíblia.

A verdade é muita coisa da igreja romana veio da pena de Papas e não da Bíblia. A assunção e a permanência virgem de Maria é uma delas. Colocam a tradição a par da Escritura e quando a tradição e a Escritura se contradizem, preferem correr pra tradição.
Os evangélicos possuem uma única fonte de fé: A Bíblia. Por isso, que eu, Eduardo, provo o que está sendo saído de púlpito de uma igreja. A consequência de uma visão oposta a Bíblia é que ela não é a única regra de fé e de que nenhuma doutrina precise necessariamente da Bíblia.
Se você pegar a patrística, ela se valeu do Sola Scriptura. Vemos os escritos de Agostinho, Tertuliano e outros. A Igreja de Cristo é não é uma construção, mas uma reunião de crentes em Jesus. Olhe para as cartas paulinas e para o livro de Atos. Vemos encontros de irmãos em casas e não necessariamente em templos de pedra ou madeira. Existe também um grande debate entre a igreja católica e a igreja ortodoxa sobre os costumes e ambas alegam serem a verdadeira igreja de Cristo.

Enquanto alguns dizem ser a igreja mais antiga, o praticante do sola scriptura procura ser a igreja mais antiga. E antes que hajam acusações que os praticantes do Sola Scriptura discordem entre si pelos seus sistemas teológicos, os pais da Igreja também discordaram entre si. Vemos Agostinho discordou de Cipriano e de outros que você vai ler no livro. Discordaram sobre batismo, sobre Maria ser concebida sob pecado ou não. E aqui não vemos Marcião ou Ário como pais da igreja, não, não. É sobre aqueles que foram canonizados pela própria estrutura romana.

Eu termino essa resenha para afirmar que não existem Protestantismos como somos acusados por romanistas, mas uma só doutrina. Se divergimos, divergimos em assuntos periféricos e de segundo plano e até vemos também diversos catolicismos como a Renovação Carismática e outras que o livro vai apontar. Saibam também que existem as Igrejas Coptas e a Ortodoxa, ambas alegando ser a Igreja de 2000 anos. Esse livro me ensinou que já pude ter diversas opiniões secundárias entre calvinismo e arminianismo, pacto e dispensação, mas nunca deixei de ser sola scripturista. Eu não quero estragar sua leitura, o link está abaixo para baixa.



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